Misia. Ritual. Desespero. Zeneszám
J.C. Ary dos Santos ? Amadeu Ramin
Nao eram os meus olhos que te olharam / Nem este corpo exausto que despi / Nem os labios sedentos que pousaram /
No mais secreto do que existe em ti / Nao eram meus os dedos que tocaram / Tua falsa beleza em que nao vi / Mais
que os vicios que um dia me geraram / E me perseguem desde que nasci / Nao fui eu que te quis. E nao sou eu / Que
hoje te aspiro embalo gemo e gero / Possesso desta raiva que me deu / A grande solidao que de ti espero / Neste
amargo deserto do meu espanto / E a sombra do odio que te quero / A voz com que te chamo e o desencanto / E o
semen que te dou o desespero.
Misia